Nunca é muito tempo



Nunca mais o sabor do beijo,
nunca mais o calor do abraço,
nunca mais sentir o cheiro,
nunca mais riscar o traço.
Nunca é tempo sem muita ponta
(que bem podia ser faz-de-conta).
Nunca é tempo que nunca acaba,
nunca é tempo de dar virada.
Jogo que é jogo nunca acaba
e se joga sem fazer muita conta
na conta do faz-de-conta
no jogo que acaba em nada.
Nunca mais o sabor do jogo,
nunca mais o riso largado,
nunca mais o carinho ligeiro,
nunca mais o amor desgarrado.

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