Trilogia do Mosaico
Palavras, letras unidas por um fio invisível.
Melodia, sons acorrentados numa linha infinita.
Música, letras e sons em fina sintonia.
Imagem, cores misturadas, forma que se afirma.
Poesia, encadeamento de fantasia
caleidoscópio de emoções em harmonia.
Cada frase, cada imagem, é percebida de uma maneira única por cada pessoa.
Cada pessoa, exprime essa percepção de forma diferente.
As três poesias abaixo surgiram como resultado de uma conversa sobre escolhas.
REFLEGMENTOS
(J's 08.05.03)
Calidoscópio
Cálido
Clássico
Confusa a mente
Confusamente colorido
Calidoscópio
Próprio
Presente
Refere-se à mente
Não mente, mas sente
Fragmentos internos
Calidoscópio
Quente e carente
Reflexos na mente
De quem o vê assim
Tórrido
Calidoscópio
Cálice
Cale-se
Sente-se
E sinta
Fluir todas as cores
Passar todos os temores
Que o jogo de espelhos
Que a vida encarna
Nos impregna
Calidoscópio
Veja teu reflexo
Sinta teu gosto
Carregue teu peso
Descanse teus olhos
Claros
Borrões, mas
Claros
Cálidos calidoscópios
Caleidoscópio
(Bárbara Helena 08.05.03)
Fragmentos que explodem dentro de mim
Dançam sorrateiros
Tentando ser pedras
Preciosas
Preciosas pedras que jorram dentro de mim
Explodem certeiros
Tentando ser dentro
Fragmentos
que explodem em mim dentro
Preciosas pedras
Dançam sorrateiros
Fragmentos jorram certeiros
E dançam explodem
Tentando ser certeiros
Fragmentos de mim
Dentro
preciosos
sorrateiros
Mosaico
(mics 08.05.03)
O céu se tinge de azul batik,
deixando espaços em branco
pintando de cinza de vez em quando.
O sol borda as nuvens com ouro,
faz crochet de prata nas beiradas
e ponto cruz colorido quando chega na madrugada.
A chuva cria mosaicos
de pedregulhos quebrados
quando escorre pelo céu cinza trovão.
A manhã fria se enfeita
com o véu da água desfeita
em minúsculas bolinhas de brilhantes.
A terra se veste de cores
sem pudores se despe e se abre terracota
quando chega a noite, outono da ilusão.
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